Sarah kelly, filha tão esperada de Ariana e Robson, nasceu de parto cesárea no dia 26/11/04 na cidade de Feira de Santana-BA com 3.100kg medindo 49cm, chorou... tudo direitinho. Uma criança aparentemente normal.
Aos 12 dias de nascida foi  a uma consulta pediátrica e havia perdido 150 gramas. A Pediatra passou uma ultra-som de abdomem ao qual mostrava   refluxo e passou a tomar Motilium(domperidona) e Label (cloridrato de ranitidina). Continuava sem ganhar peso, após ecocardiograma foi detectado várias más formações cardíacas: CIA,CIV e estenose pulmonar.

                             

Começamos o tratamento no Hospital Santa Izabel com a cardiologista pediátrica Dra. Anabel Goés que passou medicamentos (digoxina, furosemida e captopril) e a primeira cirurgia disse não seria aconselhável no momento, só quando tivesse 10kg, continuava sem ganhar peso. 

                             

 

Aos 3 meses a levamos  no consultório da nutricionista Dra Rita de Cássia que prescreveu uma dieta de NAN com TCM, nidex... Mas de nada adiantou.

                             

Aos 5 meses Sarah já sentava, estava começando a falar mãmã.  Até que ela broncoaspirou (caiu alimento no pulmão), foi feito tratamento mas não teve bons resultados e foi agravando até que não aguentava nem tossir de tão inflamado  que estava  o pulmão, então a levamos ao hospital HGCA em Feira de Santana, lá ela foi atendida, porém não poderia interná-la por falta de UTI pediátrica (graças á Deus hoje já tem). Eu (a mãe de Sarah) e a vó materna a levamos até Salvador para o Hospital Roberto Santos onde ficou internada na emergência(por falta de vaga na enfermaria), com diagnóstico de pneumonia . ENTRAMOS EM DESESPERO... Lá Sarinha  passou 2 dias e pela noite teve uma crise de cianose (ficou roxa), convulsionando e não conseguia mais respirar, os batimentos ficaram altissímos e precisava de uma vaga na UTI, os momentos que passamos ali assistimos as dificuldades de vagas em toda a capital não apenas naquele hospital. Deus já estava entrando em providencia porque a vaga já estava a disposição de Sarah no momento da solicitação e ali entramos com ela no leito 09 da UTI pediátrica do Hospital Roberto Santos no dia 12 de maio de 2005. A pediatra que a recebeu Dra. Debora a entubou (durante o procedimento teve hemorragia pulmonar por perfuração do pulmão), pulsionada veia, corriam vários remédios(DOBUTAMINA, DOPAMINA, ADRENALINA  etc. Foi a pior cena de minha vida, ver que a minha filha estava  quase morta, ligada aos aparelhos, saturação baixissíma (entre 46% e 65%), seus batimentos cardíacos altissímos (em torno de 190). Pneumonia essa que parecia nunca melhorar, pelo contrário, cada vez mais adquiria novas infecções deixando ela totalmente debilitada, magra e vulneravél a ter mais infecções.

                             
Sarah foi ficando, ficando até que tivemos que alugar um quarto e sala  lá em Salvador para nos acomodar melhor porque até então dormiamos nos bancos ou no relento do estacionamento.A família  sempre esteve presente para dar amor a Sarinha e nos apoiar . A equipe médica, os enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares eram muito competentes e amigos. Deles não tenho que me queixar... Faziam   de tudo para o bem estar dela.   
Sarinha fez dialíse peritoneal pois seus rins pararam de funcionar e ela não urinava mais, já estava utilizando sonda uretral e altas doses contínuas de Furosemida (remédio para urinar). Adquiriu lesões neurológicas por falta de oxigênio (HIPOXEMIA) até a ponta de seu dedinho indicador caiu de necrose. Foi desenganada várias vezes pelos médicos e Deus alí com ela dando suporte, pois a últíma palavra quem dá é Deus.

Sarah foi enviada ao Hospital Santa Isabel para tentar cirurgia cardíaca, ao fazer novo ecocardiograma, apareceu novo problema cardíaco:TGA, pórem seu peso era muito baixo e ainda havia sinais de infecção pulmonar, foi mandada de volta para o Roberto Santos
Lá no Roberto Santos, Sarah ficou mais 1 mês, fez traqueostomia, saiu do respirador e continuou no oxigênio.
Aos 8 meses ela pesava 2.900kg, bem menos do que ela nasceu (3,100kg). Tava tão esquelética, desnutrida... Dias depois foi mandada para a recém-inaugurada UTI pediátrica do Hospital Clériston Andrade em Feira de Santana com o objetivo de ficar mais perto de casa,  desmamar o oxigênio e os medicamentos que ao  retirar sentia tremores e outras reações.Lá na UTI do Clériston, Sarah Kelly adquiriu nova infecção, voltou ao respirador, até foi inaugurar o isolamento daquele hospital.
E quando melhorou Dr.Sandro(coordenador da UTI)mandou nós  prepararmos a casa para receber Sarah. Mais uma luta,teríamos que fazer uma semi intensiva para recebê-la, comprar um oxímetro de pulso de R$ 3.100.00 para medir a saturação (quantidade de oxigênio no sangue) para desmamar o O²,  comprar também ar condicionado, forrar o teto do quarto (por causa da poeira), comprar oxigênio, sondas de aspiração traqueal, catetér de oxigênio, luvas estéril, soros, medicamentos  etc.  Na véspera de ir pra casa, Sarah completou 10 meses fizemos uma festinha pra Sarah  e todos participaram, tanto a família quanto os médicos, auxiliares, fisioterapeuta, enfermeiro e pais das outras crianças
E fomos mantendo a pequena com o maior sacrifício.Com 15 dias que estava em casa teve uma recaída,ficou jorrando secreção com sangue e estava taquicárdica a levamos na emergência e  foi encaminhada para o hospital Salvador, na cidade de Salvador-BA.

                            

 Outra luta enorme... lá no hospital, Sarah voltou ao respirador, pegou nova infecção, saiu do respirador, tomou antibíoticos fortissímos e novamente fez dialíse, onde inchou tanto, a ponto do médico me dizer para não ir para casa , ficasse com Sarah porque o quadro estava gravissímo. Confiamos em Deus e entregamos a ele a vida de Sarah e formos dormir porque no outro dia o pai que dormiu a noite com ela precisava ir descansar e outro para substituí-lo. E mais uma vez cantamos o hino da vitória Sarah venceu.
Lá  no Hospital Salvador a nutrológa achava que não era adequado o uso do PEPTAMEN pois era apartir de 1 ano que poderia passar a usar,e trocou pelo leite ALFARÉ, porém em pouco tempo ela percebeu que Sarah não ganhava peso, tendo que voltar ao PEPTAMEN JR.
O primeiro aninho de Sarah,ela passou no apartamento do Hospital Salvador. Nossa família foi toda pra lá, era também aniversário de minha tia Silvia, comemoramos os 2 aniversários com 2 bolinhos.Lá no Hospital Salvador Sarah ficou 4 meses, até que os médicos nos aconselharam  levá-la para casa pois ela estava tendo infecções seguidas e eles não sabiam até quando ela iria aguentar. Foi em uso  de 1 litro de oxigênio, e com a flora intestinal destruída. Até se pensou em Sarah fazer uma gastrostomia, mas devido a flora intestinal, não deu e  ela foi pra casa com 5kg.

                  
Em casa conseguiu ganhar peso, em 2 meses estava com 7.200kg, saiu da dependência do oxigênio, ficou esperta, dengosa... uma gracinha.  Sarinha avançou muito com o apoio da fisioterapia.

                                

Deus tem ajudado muito ela,vocês podem perceber ao ler a história de Sarah, que Deus tem tomado a frente e quando tudo parece perdido vem Deus e muda o quadro. Só tenho a agradecer muito a Deus pela vida de Sarah... um verdadeiro milagre.

                                 

Entedemos aquele ditado popular ¨o amor é cego¨ em todo momento que ela esteve esquelética a achavámos linda e a amavámos com toda força, hoje quando olhamos as fotos e filmagens daquela época comparando com hoje é que percebemos o tanto que o quadro estava feio.
Novamente Sarinha se internou na UTI do Salvador HS para fazer a gastrostomia.
Sarah foi pro centro cirúrgico dia 01/11/06.

                             

Sarah tossia muito e se contorcia de dor e  dois dias depois seus pontos começaram a abrir um por um, até não ficar ponto nenhum, nem externo, nem interno. Pegou uma infecção no local da cirurgia ( pseudomonas) e ficou muito grave.  

                   
E no dia 08/11/06 Sarah teve que retornar pra o centro cirúrgico e fazer uma nova cirurgia, pois aquela já estava toda aberta e o leite vazava muito piorando o processo infeccioso, pois molhava os pontos. Mas graças a Deus correu tudo bem, dessa vez o cirurgião deu pontos(da outra vez foi colado)e ficou mais feio mais foi o único jeito de segurar a pele, que se abria toda. 
 Agora no curativo novo ainda abriu 3 pontos externos no hospital.

                               

 Apesar dos pontos abertos depois de 1 mês Sarah teve alta pra casa e colocou o mic-key (tampa de gastrostomia). Depois de todo esse período de 1 ano de internamentos, Sarah ficou em uso de muitos medicamentos e com muitas sequelas. 

                     

A pior delas foi a Paralisia Cerebral, pois hoje ela ainda não anda, ainda não fala, ela se alimenta via gastrostomia e respira por uma traqueostomia e retardou todos os movimentos dela e seu neurológico tem um grande atraso.

Apesar disso fazemos nela movimentos, passeamos com ela ao shopping, praças, levamos para piscina e a estimulamos bastante pois sempre fazemos tudo para que ela possa ter uma melhor qualidade de vida!!!    

                                     

Sarah faz fisioterapia e fonoaudióloga diariamente e terapia ocupacional 3x na semana, porém não vem apresentando nenhuma melhora fisíca, nem sequer segura o pescoço, não engole as coisas que a fonoaudióloga dá, cai tudo no pulmão e agente aspira. Já na inteligência percebemos que ela entende tudo que agente fala pois mostra reações, nos olha, levanta um braço, faz careta, faz biquinho, quando quer algo. A médica disse que a paralisia não é uma doença da mente, ela é inteligente sim, simplesmente a parte do cerébro que coordena os movimentos, reflexos, coord. motora foi paralisada e o raciocínio dela é normal. Com fé em Deus ela vai melhorar!

 


Contato

Sarah Kelly B. S. Miranda

(75) 3485-6406 / 3488-9580